Imagem: Marcus Souza
Por Fernando Seacero
Continuando nosso papo sobre como a crise pode permitir que o ensino on-line seja mais eficiente, por conta do cenário mundial estar mudando cada vez mais rápido, você já deve ter percebido que as pessoas também precisam adquirir conhecimentos, competências e habilidades num ritmo quase inimaginável. A velocidade das coisas demanda que as pessoas sejam mais produtivas até mesmo para aprender!
A necessidade de dedicar meio dia por semana ou 25 dias por ano para aprender não significa que a pessoa deva estar presencialmente em alguma instituição ou escola. Provavelmente, ela fará isso on-line, de casa, no celular, no tablet ou em outro dispositivo. A aprendizagem digital é uma tendência, mesmo depois que a pandemia passar (você pode conhecer mais sobre o tema na pesquisa da Deloitte).
Mas como adequar a aprendizagem para que os colaboradores consigam aprender mais e melhor?
A transformação das coisas é tão acelerada que é impossível estar totalmente atualizado. E é por isso que, hoje em dia, ninguém pode menosprezar o tempo, a capacidade e as decisões. É preciso ir atrás daquilo que é importante para você, para a empresa, para o colaborador.
Por isso, mostramos aqui três formas de potencializar e acelerar o aprendizado dos seus colaboradores. Confira:
1 – Meta aprendizagem – temos que aprender a aprender
Meta aprendizagem é um termo que significa aprender a aprender, é uma forma sofisticada de dizer que as pessoas podem melhorar a forma como aprendem. Por conta do volume de conhecimento disponível ser cada vez maior (todos os dias temos descobertas e invenções novas), é imprescindível identificara forma que cada indivíduo (ou você mesmo) aprende melhor e mais rápido.Se você não melhorar o método, a forma como estuda, será difícil acompanhar a evolução e a agilidade para absorver mais e melhor as informações dentro dessa nova realidade.
Vou citar aqui a Janela de Johari. Essa teoria nos explica que ao aprender:
- você sabe que você sabe
- você percebe que você não entendeu e
- você não sabe que você não sabe.
Cada um desses pontos é um quadrante, ou janela. Uma dessas janelas – em que eu desconheço que não sei, mas os outros sabem – é o ponto cego que cada um tem durante a jornada de estudo. Portanto, é importante ter alguém acompanhando e apontando para você oque você ignora, possibilitando a evolução do aprendizado.
Na aprendizagem digital, a ferramenta utilizada precisa ter espaços para acompanhar, dialogar, ter feedback, assim, possibilitar que o aprendiz dissolva suas dúvidas e crie melhorias constantes. Por meio de relatórios, o gestor precisa ver a evolução de cada colaborador.
Uma forma de aplicar a meta aprendizagem é ter um espaço de dúvidas e fóruns permanentes, onde exista troca entre os colaboradores e gestores, como uma oportunidade de se auto avaliar e melhorar como estudante. Uma pessoa pode apresentar seus pontos de dúvidas ou dificuldades e, com o apoio dos demais, enxergar seus pontos cegos, melhorar como aprendiz e obter a sabedoria para ultrapassar os “nós” do seu caminho.
É muito importante ainda que as pessoas percebam sua evolução e tenham uma clara visão dela numa plataforma digital. Isso é possível por meio de pontos ou de um termômetro on-line. Assim, cada um percebe como está evoluindo e consegue traçar um plano pessoal de como melhorar sua forma de aprender e interagir.
2 – Conectar e “colorir” aprendizados
Quando aprendemos por meio de metáforas e analogias, os conteúdos ficam mais tempo em nossa memória.Mas como podemos fazer isso à distância?
Um exemplo é um game de aprendizagem onde os colaboradores vivenciam processos de uma fábrica por meio da narrativa de uma aventura Viking. Durante a aventura, os participantes vencem desafios que exigem respostas relacionadas com os processos fabris.
A narrativa desse game não reproduz a realidade, mas, durante a experiência metafórica, o participante pesquisa, vivencia e responde sobre temas relacionados ao processo que deve ser aprendido. Ao conectarmos os conteúdos de forma diferente, com uma analogia mais emocionante, é possível passar por um treinamento suave e divertido, adquirindo aprendizado de uma forma quase imperceptível durante o processo.
Uma maneira de explorar isso em uma plataforma gamificada é abrindo a possibilidade para pesquisa, com materiais na jornada, como Vídeos e Podcasts relacionados ao tema.
3 – Participação é o desafio
O desafio é o motor do engajamento. Sim, as pessoas adoram ser desafiadas por problemas (enigmas), quizzes e games. Envolver alguém num desafio é chamar a pessoa para participar, para resolver um problema,por exemplo.
Quando se trabalha com a participação do colaborador/aluno, a memória, a retenção sobe para 70% do conteúdo apresentado. Ele passa a ser protagonista e se sente desafiado a sair da sua posição de conforto, o que faz com que a aprendizagem suba.
Chamar a pessoa para participar é um desafio para ela sair de sua posição de conforto. E vamos ressaltar: não existe aprendizagem na zona de conforto. A aprendizagem é prazerosa e ao mesmo tempo desconfortável.
Só que também não existe aprendizagem na zona de pânico, quando a pessoa está além da sua zona de desconforto. Em uma zona de muito desconforto, o aluno para de aprender e passa reagir (se defender). A dor da mudança pode ser um estímulo para a aprendizagem, mas se for permanente e aguda impede a retenção do conhecimento. É necessário ressignificá-la e voltar à zona de desconforto, apenas, para que se tenha um aprendizado efetivo.
O desafio é se mover e o desafio é participar. A tecnologia hoje traz a possibilidade de interação, de participação, de movimentação. Mesmo que a aprendizagem seja à distancia, é preciso utilizar recursos para que a pessoa crie, interaja, busque, se movimente e esteja engajada com o melhor que o processo pode oferecer.
Quer saber como funcionam essas plataformas gamificadas? Marque um bate-papo com o time da i9Ação para conhecer mais!