Palestrantes explicam como gamificação ativa regiões cerebrais que geram engajamento, melhoram performance e estimulam inteligência colaborativa.
Colocar a mão na massa e criar um game. Essa foi a proposta do último painel do segundo dia do CONARH 2015, Game Jam, com o palestrante Fernando Seacero, da I9ação, empresa especializada em gamificação em ambientes corporativos. “Ontem, na abertura do congresso, a Leyla, presidente da ABRH-Brasil, comentou que esse evento é uma co-criação de todos os RHs aqui presentes, portanto hoje vamos co-criar alguns games. Vocês topam esse desafio?”, indagou ao auditório Seacero.
Sair da zona de conforto e criar ferramentas alternativas para os problemas cotidianos das organizações foi uma tarefa abraçada por muitos. Porém, antes dos profissionais de RH se tornarem criadores de games, a dupla explicou a importância do uso da gamificação no ambiente corporativo. De acordo com Seacero, os games geram memória de longo prazo, pois estimulam três sistemas muito importantes para o funcionamento do nosso cérebro: o neocórtex (foco emocional), límbico (foco emocional) e reptiliano (foco ativo).
“Quando estimulamos essas três grandes partes do sistema nervoso central, nós geramos o famoso engajamento”, observou. Na prática, além do engajamento, a proposta de gamificação ajuda a fomentar a interação dos jogadores (colaboradores), a inteligência colaborativa, a aumentar a performance e, dependendo da proposta do game, até mesmo aumentar o engajamento em treinamentos on-line, um dos atuais desafios da área de gestão de pessoas.
A i9ação concedeu 1h40 minutos aos profissionais de RH para a criação dos games. Todas as fases da elaboração dos jogos — tema, brainstorming, protótipo, playtest e degustação — contaram com a ajuda dos alunos de design de games da Anhembi-Morumbi, os chamados mestre de jogos. Após colocarem a mão na massa, muitos congressistas saíram com boas ideias de como lidar com alguns desafios que enfrentam a frente do RH de suas organizações.