O portal da Infor Channel, um dos principais veículos do setor de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, destacou matéria sobre como tem aumentado a procura das empresas por soluções de gamificação com board games e Realidade Virtual. A publicação traz também uma entrevista com Fernando Seacero, CEO e fundador da i9Ação. Leia na íntegra!
A época de festas de fim de ano, geralmente lembrada pelo aumento das compras entre os consumidores finais, também é um chamariz para as empresas interessadas em usar jogos em processos corporativos. Por ser um período de planejamento, é quando elas também aproveitam para investir. É o que revela Fernando Seacero, fundador e CEO da i9Ação, consultoria especialista em gamificação para programas de aprendizado corporativo.
Muito embora soluções gamificadas sejam buscadas o ano todo, entre dezembro e janeiro “aumenta um pouquinho”, explica ele. A demanda por esses dois tipos de games no período dobra, ou seja, aumenta cerca de 100%. São jogos mais “robustos”, ou seja, complexos, e que levam mais tempo para serem criados – semanas ou meses. A ideia das empresas, segundo Seacero, é investir em iniciativas que serão desenvolvidas ao longo do próximo ano.
“São soluções de board games customizados para cada cliente, e as versões jogáveis via Teams ou Meet”, conta o executivo, que também enumera um grande interesse por jogos de realidade virtual (VR, na sigla em inglês) no período.
Parece haver uma grande distância entre a tecnologia do VR e os tabuleiros analógicos, mesmo quando em uma tela de videoconferência, mas Seacero explica que o objetivo é o mesmo: receber e capacitar os colaboradores de forma que o aprendizado seja o mais eficiente possível. E os jogos são muito capazes disso.
“Um jogo que tem uma pessoa conduzindo apresenta um resultado muito bom, graças ao aprofundamento, o envolvimento emocional dos jogadores. O nível de retenção de aprendizado de um board game com condutor é de quase 50%, enquanto em uma sala de aula é de 5 a 7%”, compara o executivo, citando pesquisas acadêmicas. “Um jogo digital bem feito chega entre 25% a 30% [de retenção de aprendizado].”
No caso dos jogos em Realidade Virtual, muito usados para treinamentos em EHS (sigla em inglês para meio ambiente, saúde e segurança), a imersão aprofunda o aprendizado. Afinal, quando se parece estar dentro de um prédio em chamas de forma realista, o treinamento de um brigadista, por exemplo, se aproxima bastante de uma situação de perigo real. Como não aprender melhor?
“Claro que o resultado é importante, mas essas soluções trazem um envolvimento emocional. O board game graças à interação social muito grande, e o VR graças à imersão. E ambos alcançam o nosso sistema límbico, que está muito relacionado à memória”, pondera.
Tecnologias distintas, usos distintos
Segundo o CEO da i9Ação, apesar da demanda crescente por ambas, os usos das soluções de gamificação com tabuleiros e VR são bem distintos. Os primeiros costumam ter como objetivo gerar integração entre os colaboradores. Por isso são muito usados, por exemplo, no onboarding, em que são chamados a aprender sobre diferentes áreas da empresa, sua cultura e valores. Também funcionam bem para outros treinamentos mais complexos.
Geralmente essas sessões são conduzidas por uma pessoa – seja presencialmente ou via call –, que faz perguntas sobre as decisões tomadas pelos jogadores e pode aprofundar cada um dos temas propostos. Esse facilitador também pode fazer pontes entre o que é aprendido e a aplicação no dia a dia.
“São temas em que as pessoas precisam tirar dúvidas, e em um jogo digital às vezes você não pergunta. Com o facilitador dá para fazer perguntas e ligar pontos. Mesmo à distância se tem uma interação mais emocional”, explica.
Já a Realidade Virtual acaba sendo mais usada para simulações mais profundas – e às vezes realistas. É possível criar jogos em VR para celular e computador, quando os óculos não são uma opção acessível. Seacero cita como exemplo um dos jogos produzidos pela i9Ação, que usou um headset VR para simular a evacuação de um hotel durante um incêndio.
“É outro tipo de solução que estamos sendo solicitados cada vez mais, principalmente das áreas de segurança das empresas. Dá para simular várias situações, não só prevenção de acidentes e riscos, mas também tomadas de decisão”, explica ele.
Leia a matéria no site da Infor Channel e saiba mais conversando com um especialista em gamificação para treinamento corporativo!