
O que a Neurociência nos ensina sobre a aprendizagem corporativa
Aprender e interessar-se por aprender necessita que você crie situações que gerem interesse para a pessoa, para que ela possa aprender e não apenas cumprir.
Em reuniões com líderes de T&D, Compliance ou EHS/SIPAT, a pergunta se repete: “Como fazemos as pessoas se interessarem por aprender regras que são, inerentemente, chatas?”
A própria palavra compliance significa cumprir. Quando o treinamento se resume a ler um formulário de regras e responder um quiz, ele se torna desmotivador e ineficaz. Não faz sentido, e o conteúdo não é absorvido.
O problema não é o tema. É o método.
O erro de focar apenas no intelectual
Aprender, de verdade, necessita que o conteúdo gere interesse. E interesse, no universo corporativo, não se gera por imposição.
Muitos líderes esquecem uma simples lição de neurociência: nós somos seres extremamente emocionais.
75% do nosso sistema nervoso é límbico, totalmente ligado a estruturas emocionais. Se a aprendizagem corporativa não contempla a sensibilização, ela não se fixa.
A chave: O sentido emocional e os dilemas
A única forma de transformar a regra corporativa em memória de longo prazo é fazendo-a fazer sentido na vida. Fazer sentido é quando o aprendizado te toca emocionalmente e te engaja.
A solução na aprendizagem corporativa é extrapolar a questão da empresa e pensar em como a regra se aplica na vida real. No exemplo de compliance, é levar o treinamento para o lado da ética.
Dilemas Práticos para a Reflexão
O problema não é só o código. É como você aplicaria a ética do Código de Conduta com seus filhos ou sua família.
Em vez de ler o Código de Conduta, o colaborador se depara com um dilema: O que você faria nessa situação?
Se na empresa é enganar um fornecedor com valor falso, no dia a dia é enganar uma pessoa que trabalha na sua casa.
Criar cenários e dilemas em que o colaborador precisa tomar uma decisão e ver o impacto é a base da cultura ética. É isso que tira o conhecimento da “parede” e o leva para a atitude.
Convido você a refletir sobre a importância de envolver-se emocionalmente com aquilo que se está aprendendo.
Pense nisso. A transformação começa na forma como você ensina.
Quer conhecer mais sobre aprendizagem que faz sentido para as empresas? Peça uma conversa com Fernando Seacero