A seguir você encontra trechos transcritos (na íntegra) que revelam como a roleta virou assunto de chão de fábrica — e por que ela se tornou o pontapé da jornada de Integridade
Na última semana publicamos “3 gatilhos do cérebro para engajar em Compliance” — mostramos como recompensa instantânea, tempo limitado e competição social despertam a atenção adulta. Hoje avançamos um passo: pinçamos os melhores momentos do Compliance Game Experience | Novelis, focando no Challenge, primeiro game aplicado e apresentado pela empresa.
Antes de ceder o palco às vozes da Novelis, vale conhecer os sete elementos de game design utilizados pela i9Ação para fazer a diferença na Semana de Compliance da Novelis. Você logo vai identificar alguns deles nas transcrições abaixo:
- Medalha relâmpago – duas respostas certas e a recompensa aparece como medalhas.
- Cronômetro de 30 segundos – mantém o foco vivo.
- Três rankings simultâneos – individual, equipes e influenciador; cada um incentiva um modelo de motivação.
- Convite com prazo de 24 horas – cria senso de urgência e multiplica logins diários.
- Passa‑a‑vez – errou, a jogada vai para o colega; ritmo sem travar e revanche garantida.
- Sorteios democráticos – prêmios entre os 50/100 primeiros afastam o “game killer” e mantêm todos competindo.
- Relatório das 5 perguntas mais erradas – aponta o conteúdo que ainda precisa de reforço.
Com esse check‑list em mente, acompanhe os melhores momentos de Maria Eugênia Machado, Gerente Jurídico e Compliance na Novelis, Marcela Furlan, Gerente Auditoria Interna na Novelis, e trechos de Fernando Seacero, Neuropsicólogo e CEO da i9Ação, explicando por que a roleta foi o primeiro passo na jornada de integridade gamificada da Novelis.
1 · Quem é a Novelis
Maria Eugênia
“A Novelis está na indústria metalúrgica e produz alumínio no Brasil; ela é multinacional, com sede nos Estados Unidos e parte de um grupo indiano, um conglomerado gigantesco. No Brasil atuamos na fabricação de chapa para lata de bebidas. Praticamente 99,9 % das latas que vocês usam – refrigerante, cerveja, água ou até vinho – vêm do alumínio que produzimos aqui. E somos a maior recicladora do mundo: nossa matéria‑prima é essencialmente latas recicladas.”
2 · O desafio: levar Integridade à operação
Maria Eugênia
“Como indústria, nosso maior público é o operacional — três quartos do nosso quadro está em Pindamonhangaba, na fábrica. Isso por si só já é um grande desafio! […] Lançamos o programa de integridade em 2019. Fizemos uma jornada de aprendizado com treinamentos obrigatórios: o pessoal mensalista, mais administrativo, recebeu uma carga maior; o público horista, bem menor.”“Somos um programa jovem, ainda não trabalhamos um refresh dessa jornada, mas precisamos manter a chama viva, construir cultura, sem parar a operação nem sobrecarregar turnos com palestras.”
Marcela Furlan
“Fizemos rodas de conversa presenciais e vimos interesse, mas sentíamos distância: parecia que Compliance ficava longe da planta. Quando pensamos na Semana de Integridade, palestras exigiriam tendas, disponibilidade de turno… Aí veio a ideia: ‘e se for um game?’”
3 · Por que gamificar (e por que começar leve)
Maria Eugênia
“Começamos a pensar num formato de game para trabalhar o tema de forma mais leve e dinâmica.”Marcela Furlan
“Vocês apresentaram dois jogos. Adoramos a ideia porque era disruptiva e leve para um assunto que pode ser pesado.”Fernando Seacero
“A pessoa gira a roleta, acerta duas vezes e já ganha medalha. Se erra, o jogo mostra a resposta correta: quando eu erro, eu aprendo. É feedback imediato, sem sermão.”
4 · A escolha do Challenge
Marcela Furlan
“Optamos primeiro pelo ‘Jogo da Roleta’ — mais fácil e dinâmico. Na época, foram apresentados dois jogos; entendemos que o Compliance City era mais elaborado, deixamos para um segundo nível. Olhando agora para trás, foi uma boa estratégia, porque ele fixa conceito.”“Montamos categorias alinhadas às nossas políticas — Código de Conduta, Conflito de Interesse, Anticorrupção — e adotamos prêmios chamativos. Participação era 100 % opcional para fugir da obrigação dos treinamentos.”
Fernando Seacero
“O desafio entre colegas tem 24 horas para ser aceito. Quando a pessoa aceita, joga até errar; quando erra, passa a vez para o colega. Esse passa‑a‑vez mantém o ritmo. Cada partida alimenta três rankings: individual, equipes e influenciadores”.
5 · Aprender com a premiação
Marcela Furlan
“A estratégia também foi colocar prêmios bem chamativos. Fizemos os rankings por área, fizemos prêmio por influenciador e nos recomendaram sorteios para os primeiros 10, os primeiros 20, mas a gente quis dar meritocracia; falamos: ‘não, vamos premiar o primeiro, o segundo, o terceiro’. Descobrimos o ‘game killer’ — quem dispara na pontuação e desanima o resto. Renovamos a estratégia e adicionamos prêmios com sorteio para as outras pessoas, para continuar incentivando. Então tivemos que recalcular a rota no meio do caminho.”Fernando Seacero
“Premiar só o top 3 cria distância. Sorteio entre os 50 ou 100 primeiros mantém todo mundo na disputa. Pode premiar com um botãozinho de Compliance, um brinde, o que for. Sorteio de brindes entre quem atinge a meta mantém todo mundo na disputa e evita o game killer que desanima o resto.”
6 · Adesão e buzz na fábrica
Maria Eugênia
“Logo no primeiro dia já tínhamos vários jogadores. O formato roleta gira rápido os assuntos; gerou competitividade e burburinho — na planta só falavam do jogo. Atingimos massivamente o público‑alvo da operação.”
7 · O que os jogadores comentaram (feedback direto)
Maria Eugênia
“Recebemos feedbacks positivos no sentido de: o jogo foi muito divertido, adoramos ver os prêmios; a operação quis participar em peso e os próprios gestores vieram depois dizer ‘meu time estava super participando, que legal’.”“A gente nunca teve esse nível de premiação aqui dentro e isso gerou repercussão até em Atlanta; pessoal do time global quis saber como funcionava. Estar disponível no celular fez toda a diferença — em 10, 15 minutos a pessoa joga e aprende.”
Marcela Furlan
“O Challenge é rápido: errou, você corrige e continua; se quiser pontuar mais, joga outra vez.”“Estando no celular, o operador acessa no intervalo de almoço; em 15 minutos ele já fez pontuação e aprendeu.”
8 · Duas semanas de jogo (e boca a boca)
Marcela Furlan
“Planejamos uma semana; estendemos para duas. O prêmio de influenciador e o sorteio extra mantiveram o movimento alto. Comunicação diária — TVs internas, e‑mails, fotos dos prêmios — mas o maior motor foi o boca a boca.”
9 · Reconhecimento e próximos passos
Maria Eugênia
“Gente de plantão passou a procurar o canal de dúvidas; gestores vieram elogiar. O time global perguntou como implantar. […] O Challenge é rápido: em 10 – 15 min você faz a pontuação e aprende. Com isso, ainda economizamos budget em relação a eventos presenciais.”
Por que começar pelo Challenge, quais eram os principais desafios?
O time de Compliance precisava de uma ação que
- Gerasse dados claros de aprendizagem para a fase seguinte.
- Atingisse turnos operacionais sem e‑mail corporativo;
- Fosse 100 % opcional, rompendo o peso dos treinamentos obrigatórios;
- Fixasse conceitos em minutos, não em horas de palestra;
Acompanhe nossos conteúdos sobre gamificação no LinkedIn e no blog da i9Ação — ou marque uma conversa com nosso time. Vamos explorar como o Challenge pode melhorar a cultura de Compliance na sua operação.