
Este é mais um capítulo da cobertura do Compliance Game Experience — encontro que reúne líderes de Compliance para apresentar cases reais de inovação e gamificação. Nossa intenção com o evento é inspirar empresas que precisam disseminar e engajar seus colaboradores na cultura ética
Depois do post sobre o case da Novelis com o Challenge, mergulhamos agora no Compliance City. As falas abaixo vêm de Maria Eugênia Machado (Especialista Jurídico & Compliance, Novelis), Marcela Furlan (Gerente de Auditoria Interna, Novelis) e Fernando Seacero (Neuropsicólogo e CEO da i9Ação).
Principais temas neste artigo
• Por que o City entra depois da roleta
• Como funciona a narrativa da cidade cinza → colorida
• Avatar, rankings e feedback imediato
• Bastidor: esforço extra, customização e custos
• Métricas: conclusão, percepção de valor e relatório Excel
• Lições práticas para gerentes de Compliance
1 · Por que era hora de avançar para o Compliance City
Maria Eugênia
“A roleta (Challenge) ensinou o público a jogar; o City aprofunda. O City exige um pouquinho mais do time, mas ele traz pílulas, cenários e decisões que aprofundam conteúdo. Achamos que o público já estava maduro depois da roleta. E isso nos permite trabalhar dilema ético, conflito de interesse, presente de fornecedor… com uma história que envolve.”
Marcela Furlan
“É quase um treinamento, não só um jogo de fixação. Então decidimos que o Challenge seria o aquecimento, e o City viria depois, quando o pessoal já estivesse familiarizado com gamificação.”
2 · Tour pela cidade cinza (demonstração)
Fernando Seacero
“Este é o Compliance City. Você entra numa cidade cinza porque as pessoas não agiram com ética. Cada vez que você vence um desafio de integridade, você conquista tintas e devolve cor aos prédios, às casas, às ruas.”
“O jogador clica nos ícones ‘i’ para ver pílulas (vídeo ou texto curto) e depois resolve um desafio — matching, verdadeiro / falso, diálogo de dilema. Por exemplo: ‘Um fornecedor quer patrocinar o evento da minha área, o que eu faço?’ — a escolha aparece em balão de conversa.”
“Se ficar sem ‘tinta’, precisa jogar minigames rápidos para recuperar recurso— tipo quebra-bloco de 30 segundos — que ele pode jogar quantas vezes quiser. Isso puxa a atenção de volta quando a pessoa dispersa.”
3 · Avatar, ação e feedback imediato
Fernando Seacero
“Cada um monta seu avatar — pode ser fofinho, slim, com óculos. Isso puxa o lado emocional e social; o avatar aparece no ranking para os colegas.”
“É um jogo de muita experimentação: mesmo que a pessoa não saiba, ela aprende tentando. Três chances por desafio, feedback na hora e direito de voltar à pílula. Se errar tudo, pode revisar e tenta de novo.”
“Ranking é igual ao Challenge: individual, equipes e influenciador. Certificado sai automático quando bate a meta de pontos, e o Excel exporta quem acertou, quem errou e as cinco perguntas mais erradas.”
4 · Mais trabalho de bastidor — e por que valeu
Marcela Furlan
“Quando implementamos o City, sobrou budget em comparação a montar estrutura de palestras. O jogo cabia no celular; não precisamos de tendas, coffee break, nada disso.”
“O time global de EHS em Atlanta soube do resultado e pediu detalhes. Foi uma ação local que repercutiu lá fora — eles queriam entender como replicar.”
“O City deu mais trabalho de preparação. O da roleta era praticamente uma pergunta com opções; essa cidade tem quatro, cinco tipos de interação. Precisamos customizar muito: termos, linguagem, identidade visual. Mas, por ser narrativo, a gente consegue colocar cenas e dilemas bem específicos da nossa realidade.”
5 · Adesão, conclusão e reconhecimento
Marcela Furlan
“Isso mostrou que o público que a gente mirava — horistas, turnos — não só entrou, como concluiu todo o percurso.”
“No fim, quem concluiu recebeu certificado e destaque na intranet. Ganhou status de conquista, não de tarefa — e o pessoal comentou: ‘quando abre a próxima fase?’.” — sinal de que ficou gostinho de quero mais.”
6 · Dados coletados e próximos ciclos
Fernando Seacero
“O relatório em Excel sai pessoa a pessoa — quantas perguntas acertou, quantas errou. E ele também traz as cinco perguntas mais erradas, então vocês conseguem ver onde o conteúdo ainda não pegou. Foi isso que a Novelis usou para calibrar as comunicações e os ciclos seguintes.”
7 · Para o gerente de Compliance — quatro lições práticas
- Puxe o relatório na 48ª hora. As cinco perguntas mais erradas indicam onde reforçar comunicação ou criar pílula extra na intranet. A Novelis transformou esse dado em push semanal “Dúvida da vez”.
- Integre o Excel ao seu LMS. Importar o CSV do City como “completado” elimina retrabalho de registro de treinamento.
- Use o ranking de influenciador para mapear embaixadores. Quem convida mais colegas tende a ser referência informal – ótimo ponto de apoio quando lançar novas políticas.
- Planeje o ciclo 2 já no kick‑off. O interesse “quando abre a próxima fase?” dura cerca de quatro a seis semanas; marcar uma nova missão curta garante continuidade sem fadiga.
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