Iniciativas corporativas com gamificação (gamification) são grandes aliadas dos profissionais de Recursos Humanos, Marketing, Eventos, Vendas, Segurança da Informação, Segurança do Trabalho e Compliance de empresas do Brasil e do Mundo. Cada vez mais, gestores e empresários buscam soluções para ampliar o envolvimento dos colaboradores nos processos da organização e, assim, melhorar seus resultados
Você já deve ter ouvido falar em jogos para aprendizagem de colaboradores! A metodologia tem atraído a atenção de empresários e gestores para transformar treinamento e desenvolvimento de colaboradores por meio de jogos corporativos para aprendizagem, potencializando consequentemente os resultados da empresa.
É isso mesmo, os jogos são uma forma de aumentar a performance de profissionais, equipes, comunidades, (preferencialmente de maneira cooperativa) para atingir objetivos diversos. E o porquê deste potencial da gamificação você vai descobrir nas próximas linhas.
Esses games podem ser desenvolvidos em plataformas físicas (um exemplo é aquele tipo de tabuleiro gigante onde as pessoas podem até caminhar por cima) ou de soluções digitais (para desktop ou mobile). Hoje em dia, já existem empresas especializadas nesse tipo de produção, ofertando desde ferramentas padronizadas até soluções gamificadas feitos sob medida.
A questão é que é preciso unir conhecimentos como games, designer, negócios, ciência da aprendizagem, didática, programação em diversas linguagens, conteúdo, que consigam ensinar muita coisa por meio das horas de “jogatina”.
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Para ajudar você a tirar todas as dúvidas e conhecer tudo sobre o tema, compilamos as informações para que sua empresa e seus colaboradores possam tirar o máximo de proveito dessa metodologia. Confira!
Por que os colaboradores aprendem mais pela gamificação do que por métodos convencionais?
Gamification é uma metodologia que utiliza recursos de jogos para treinar e desenvolver pessoas nos mais diversos ambientes, entre eles o corporativo. Ela vem sendo utilizada de forma ampla e estratégica, cada vez mais sofisticada e tecnológica, por diferentes departamentos de médias e grandes empresas.
Em outras palavras, “a gamificação é o uso de design de experiências digitais e mecânicas de jogos para motivar e engajar as pessoas, para que atinjam seus objetivos” — Brian Burke, VP de Pesquisas da Gartner.
Por trás da palavra gamificação está a grande sacada: os colaboradores treinados pela metodologia conseguem ativamente apreender conteúdos, técnicas e habilidades, e (o mais importante) se lembram depois.
Isso se deve, primeiramente, ao fato de que o nosso cérebro é programado para aprender a partir do fazer, ou seja, é mais fácil aprendermos uma nova habilidade no momento em que a estamos praticando. Embora é possível adquirir novos conhecimentos com aulas teóricas, palestras e vídeos, nosso cérebro aprende melhor com exercícios interativos.
Não é à toa que fazemos exercícios na escola para fixar os conteúdos aprendidos, aulas práticas para conseguir tirar nossa carteira de habilitação e meses de estágio antes de assumirmos um cargo pleno. Nesse post vamos falar um pouco mais sobre o processo de aprendizagem e como os departamentos de RH pode utilizá-lo para criar treinamentos verdadeiramente eficazes.
Em termos mais técnicos, por que os colaboradores aprendem mais pela gamificação?
O jogo gera memória de longo prazo (aquela que a pessoa lembra por mais tempo) e aceleração de aprendizagem (quando aprende mais rápido sem nem ao menos perceber no momento todo o conteúdo ou assimilação que foram adquiridos)
Isso acontece porque dentro de um cenário e contexto de jogo, devem ser ativadas três partes do cérebro:
- Lógico/racional: informações e estratégias, o conteúdo que deve ser passado
- Emocional/límbico: cores, sons, storytelling e metáforas das tarefas e do roteiro
- Motor: decisão e movimentação no game
Este estudo que relaciona a aprendizagem do adulto com a ativação dos cérebros foi desenvolvido por Fernando Seacero, psicólogo e fundador da i9Ação. Ele chamou esta metodologia de Bioaprendizagem (neurociência aplicada à aprendizagem, que utiliza as três partes do cérebro – o lógico/racional; o emocional/límbico; e o motor – para tornar possível a memória de longo prazo e a aceleração da aprendizagem).
“Quando trabalhei em departamento de RH, percebia o quanto era frustrante para os profissionais de treinamento e desenvolvimento o fato de que as pessoas saiam pela porta e, aparentemente, esqueciam do que havia sido passado. No dia seguinte ou na semana seguinte, sempre era necessário voltar aos mesmos temas e às mesmas dúvidas. Havia alguma coisa que fazia com que o conteúdo não fosse absorvido.
Foi por isso que me dediquei a estudar a aprendizagem de adultos junto a Federico Navarro. Entendi que é preciso trazer envolvimento, emoção, movimento, integração, desafio e tantas outras coisas que podem ser adicionadas em jogos. O resultado é que ao ativar as três partes do cérebro, as pessoas ficam mais receptivas, possuem uma vivência real, prática e lúdica, e conseguem aprender.
Em um jogo, às vezes vivido na pele de um personagem do jogo, a memória da atividade prática e do conhecimento são vividos realmente. Além de desenvolvimento de competências e de treinamentos, o jogo traz também outra vantagem para o RH que é conhecer as pessoas de forma mais verdadeira. Explico: todos tendem a agir de forma mais verdadeira, deixando transparecer suas reais reações e emoções diante dos desafios, em uma seleção de talentos o líder se mostra como ele é”, descreve Seacero.
Com a metodologia de gamificação, é possível sugerir trocas de informações, alinhamentos e aprendizados conjuntos, o que propõe a criação de redes de pessoas. A partir das possibilidades de inovação, a empresa passa a ser um local em que as pessoas podem encontrar sentido e atuar mais consciente sobre a importância de seu trabalho.
Este sentido não é só aquilo que melhora os índices de engajamento de sua organização, mas também aquilo que conecta as pessoas ao seu objetivo. Hoje, as pessoas buscam um lugar para agregar e aprender, e por isso as empresas não conseguem reter seus talentos sem oferecer oportunidade.
Quais os benefícios da gamificação para as empresas?
As equipes de Recursos Humanos estão cientes da falta de engajamento de colaboradores e estão buscando novas estratégias para contorná-la. Elas entendem que, para ter alto desempenho dos colaboradores e gerar melhores resultados em toda a empresa, aumentar o engajamento é fundamental.
Combinando ferramentas interativas e funções que ampliam o contato do colaborador com outras áreas da empresa, as iniciativas com gamificação tornaram-se grandes aliadas dos profissionais de Recursos Humanos, Segurança do Trabalho, Vendas, Marketing, entre outras.
Mas qual é a melhor estratégia para melhorar o compromisso pessoal?
Cada vez mais, os empregadores estão se voltando para a gamificação para acabar com a falta de engajamento.
Segundo o estudo Gamification, Games and Learning (What Managers and Practitioner Need to Know), 79% dos colaboradores dizem que seriam mais produtivos e motivados se aprendessem através de jogo.
Com a solução correta de gamificação, as equipes de RH podem gerar os dados necessários para medir o progresso, aperfeiçoar as estratégias e impulsionar a empresa.
Falando agora sobre benefícios a partir de ferramentas e técnicas de gamificação capazes de medir e comprovar resultados, é possível alcançar resultados como:
1. Melhora no nível de engajamento
O uso de games é capaz de provocar impulsos que impactam diretamente o comportamento do espectador. Com os Games para Empresas, seu público pode atingir o chamado estado de Flow, que estimula a atenção e o foco completo do público;
+ Gamificação Corporativa: como trocar o sono da equipe por engajamento?
2. Integração de novos colaboradores
O formato gamificado proporciona aos novos colaboradores um envolvimento emocional e divertido durante todo o processo. Entre as histórias, desafios por meio de metáforas e atividades extras, os participantes recebem as informações embutidas, o que gera aprendizado e proporciona a prática de competências e valores.
+ As dúvidas mais comuns sobre integração de novos colaboradores e gamificação
3. Ampliação da visão sistêmica
Games corporativos simulam ações e estímulos para que seu colaborador entenda os diferentes papéis de cada um dentro da equipe, demonstrando de forma divertida o impacto das ações e decisões individuais;
+ Visão sistêmica e Gamificação: afinal, porque isso funciona?
4. Aumento das vendas
A gamificação pode ajudar no aumento das vendas ao propor uma solução lúdica e altamente analítica para engajar os colaboradores. Jogos em formato para celular ou desktop, por exemplo, ajudam na visualização das metas e no acompanhamento contínuo dos objetivos.
+ Aumentar as vendas com Gamificação: afinal, por que essa bagaça funciona?
5. Acelerar o processo de aprendizagem
Os jogos de aprendizagem exigem a participação ativa dos colaboradores para solucionar desafios, criam um ambiente descontraído e utilizam recursos visuais atraentes. Além disso, abre espaço para diferentes tipos de interação entre os participantes e estimula inteligências diferentes.
+ Como games podem turbinar a aprendizagem dos seus colaboradores
6. Fortalecer a memória de longo prazo
Os games mais eficientes são desenvolvidos a partir dos conceitos de Bioaprendizagem. Isso significa que os games engajam as três partes de cérebro necessárias para a formação da memória a longo prazo: a parte racional e lógica, a parte emocional e a parte motora.
+ Descubra como treinar pessoas com a gamificação
Quais os desafios corporativos que a gamificação pode solucionar?
- Aumentar a eficiência da empresa
- Aumentar o engajamento dos colaboradores com o seu negócio
- Aumentar a agilidade de aprendizado dos colaboradores
- Ampliar o diálogo
- Aumentar o impacto dos treinamentos
- Aumentar a satisfação dos envolvidos
- Facilitar a integração de colaboradores
- Onboarding e integração de novos colaboradores
- Incentivar a cooperação entre os colaboradores
- Ter alta produtividade
- Treinar comportamentos desejados
- Passar informações da empresa de maneira leve e descontraída
- Garantir que terá escalabilidade no processo para atender centenas ou milhares de colaboradores
- Coleta de dados e analytics
- Treinamento de Segurança do Trabalho
- Treinamento de Segurança da Informação
- Treinamento de Meio Ambiente
- Seleção de Talentos
- Desenvolvimento de competências
- Desenvolvimento de liderança
- Aplicação de Team Building
- Alinhamento de Comunicação e Estratégia da Organização
- Ter treinamento homogêneo e escalável
- Alinhamento e disseminação de estratégia
- Treinamento para Convenção de Vendas
- Treinamento de relacionamento com clientes
- Engajamento em eventos
- Treinamento de equipe para Lançamento de Produtos e Serviços
- Solução para Semana da Segurança do Paciente
- Solução para Semana da Segurança do Trabalho
- Solução para Semana de Compliance
- Solução para SIPAT
- Solução para Semana da Segurança da Informação
- Solução para Semana do Meio Ambiente
- Entre outros
Veja aqui também qual a diferença entre escolher jogos digitais ou presenciais!
Quais benefícios da gamificação para os colaboradores?
Agora falando do ponto de vista dos colaboradores, o uso da gamificação cumpre com objetivos diferentes e importantes para a organização.
Os principais são:
- participar de um processo único e homogêneo
- passar por processos menos engessados e mais interessantes
- contar com uma apresentação moderna, com experiência de usuário e design
- aproveitar o momento feito para ele
- se sentir acolhido
- aprender de forma divertida e rápida
- falar, ser ouvido, sentir que faz parte, ser considerado importante
- ter boa experiência
- compartilhar vivências únicas e belas
- desenvolver competências na prática
- poder errar ou acertar em um ambiente seguro
- receber feedback imediato
Porque relatórios e People Analytics com jogos corporativos já fazem parte do objetivo das empresas?
Com uma solução de gamificação avançada, as empresas podem melhorar a produtividade de forma significativa, aumentando a colaboração. Uma das principais vantagens da implementação de uma solução de gamificação orientada a dados (gamification data-driven) é a disponibilidade de relatórios que permitem às equipes, como as de RH, acompanharem o progresso em todas as frentes.
Algumas funções analíticas fornecidas pelo relatório de gamificação:
- Acompanhar de perto as taxas de adoção
- Verificar a frequência de engajamento
- Analisar as atividades realizadas
- Acompanhar o tempo de conclusão para fins de aprendizagem e desenvolvimento
- Identificar o comportamento diante de situações
- entre outras possibilidades
Com esse relatório, a equipe gestora pode monitorar com precisão não apenas se as pessoas estão se engajando, mas também quanto tempo, onde e quando eles estão se envolvendo, quais as principais dúvidas também.
A partir daí, podemos explorar a riqueza que a tecnologia traz para as empresas por meio da gamificação, seja ela Inteligência Artificial e a Ciência de dados.
Veja aqui um case de dados compartilhados ao vivo em um evento do Fórum GE.
Mais funções dos relatórios gerados por jogos corporativos:
- Medir e comprovar resultados detalhados (individual e do grupo)
- Ajudar na análise do resultado para ajuste de planejamento
- Saber quais os objetos de aprendizagem mais acessados
- Mensurar o nível de interatividade
- Conhecer os temas mais acessados
- Identificar quais as principais dúvidas
- Gerar treinamentos a partir de Gaps
- Conhecer perfil por interesse
- Etc
Primeiros passos para definir as funções do relatório gerado pela gamificação
Cada empresa (e área) tem seus próprios objetivos e necessidades. Por isso, os jogos corporativos têm formatos, recursos, mecânicas e storytellings diferentes para funcionar e gerar resultados.
Em resumo, alguns pontos essenciais para definir antes de colocar a solução gamificada para funcionar são:
- Definir a prioridade da empresa (integração de novos funcionários ou aumento das vendas, por exemplo)
- Avaliar qual o objetivo a ser alcançado e o que deverá ser mensurado no caminho
- Aproximar a jornada do game à realidade da equipe
- Criar regras claras e fáceis de serem adotadas
- Estabelecer formas de avaliar os resultados e gerar feedback
Quais recursos a gamificação utiliza para obter resultados?
Entenda a partir de agora quais são os recursos de gamificação que são utilizados nas empresas. Para incentivar a participação, desenvolvimento e a cooperação entre os colaboradores por exemplo, os jogos empresariais utilizam elementos como pontuação, recompensa, medalhas, trilhas, avatares, feedback e evolução.
A gamificação para empresas utiliza muito mais do que os recursos de games dentro de processos e treinamentos. E hoje há novas e as antigas formas de aprendizagem batalhando pelo espaço no mercado.
“São novas formas de aprender com o uso de Inteligência Artificial e Tecnologia, como em uma interface em formato de games, com coleta de dados e analytics, que oferecem diferentes trilhas e materiais de consumo como podcasts, enigmas e fóruns para diferentes perfis de usuários”, ressalta Fernando Seacero, fundador da i9Ação.
Como explicamos no início do texto sobre metodologia e Bioaprendizagem, a gamificação vai muito além de utilizar elementos de pontuação. Vamos citar algumas formas de aprendizado que enriquecem ainda mais o universo dos games corporativos:
Ambientação e storytelling
A gamificação permite utilizar o storytelling para engajar os seus colaboradores, pois traz exatamente para a vivência uma ambientação. Dessa forma, é mais prazeroso entrar na história do jogo e fazer uma imersão no aprendizado (às vezes até na pele de um personagem).
No jogo, quando você conta uma história em que o jogador se identifica, se torna mais fácil criar uma conexão entre ele e o conteúdo, por meio do vínculo emocional. Os desafios enfrentados no roteiro lúdico e pelos personagens se tornam referências e aprendizados vivenciados pelo jogador.
Por conta da sua importância, temos um tópico completo para falar sobre o storytelling na metodologia de gamificação.
Na gamificação para aprendizagem, uma das primeiras escolhas a serem feitas é qual o tema ou o cenário que vai embalar a experiência. E acredite: as escolhas são inúmeras, e a decisão certa é fundamental para estimular a participação de seu colaborador no treinamento e simplificar a forma como a mensagem de sua companhia é levada ao time.
Isso porque todos os games de aprendizagem e engajamento, digitais ou de tabuleiro, devem começar com uma história envolvente, que convide os participantes a sair do seu lugar-comum. A ideia é que a gente faça o participante a mergulhar num novo universo de possibilidades (de experimentar, de perceber, de se conectar e de aprender).
E o mais interessante é que a descoberta deste universo de processos gamificados traz uma grande vantagem: a diversidade de alternativas disponíveis para trabalhar, sem correr risco de investir naqueles treinamentos em PPT.
Quase todo jogo tem seu storytelling: ele pode ser hiper-realista ou super fantasioso (ou a mescla dos dois), mas o fato é que um jogo sem história perde bastante do seu apelo.
Games sem história nem cenários até existem (o Gamão ou o Tetris, por exemplo). Mas se estamos falando de gamificar algum tema, estamos falando também de criar conexão emocional entre as pessoas, certo?
E aí não resta dúvida: histórias ativam a imaginação e convidam as pessoas a criar novas conexões, o que potencializa e muito a experiência de um game corporativo digital ou analógico.
Aprendizado através de desafios
Normalmente, o colaborador não aprende de forma passiva. Na verdade, ele aprende porque precisa resolver um problema. A verdade é que o adulto só aprende, na grande maioria dos casos, quando vê utilidade prática: só aprende quando quer aprender.
Por isso, dentro do jogo sempre há um desafio que ele precisa concluir para então poder avançar. Muitas vezes, o colaborador nem percebe o quanto aprendeu durante o jogo, mas é depois que ele vai descobrir os resultados e ter mais facilidade nas tarefas do dia a dia. Tanto em conteúdo como em desenvolvimento de competências.
Desafio épico
O colaborador sabe que se ele não se engajar e não fizer o seu papel, pode perder o jogo. Por isso, os games promovem um desafio épico, no qual o jogador tem uma missão que precisa ser cumprida. Por meio dessa missão, entre as emoções da jornada, há muita aprendizagem a ser explorada.
Aprender por tentativa e erro
Nos jogos simuladores, há a possibilidade de errar. Uma das características de um processo de gamificação é naturalmente se expor ao risco. Isso deixa os participantes mais à vontade para mostrar o que sabem ou o que não sabem (não há uma punição real).
Já no dia a dia das companhias, um erro pode causar um dano real e irreversível. Por isso, nos jogos ele pode tentar e falhar porque as consequências estão apenas no universo do jogo.
3 Estratégias somadas aos recursos da gamificação para engajar nos treinamentos
O uso da gamificação é uma das formas mais eficientes de desenvolver o engajamento durante os treinamentos realizados pelas empresas.
Leia os próximos tópicos para entender o porquê desta estratégia ser um sucesso nos processos de treinamento e desenvolvimento das empresas!
1. Propagar conhecimento
Processos de treinamento ficam muito mais interessantes quando há a participação ativa dos colaboradores. Você sabia que quanto mais componentes visuais e mais cooperação dos funcionários durante o treinamento, maior é a retenção de conhecimento?
Pessoas costumam lembrar de 20% do que escutam. Este número aumenta para 30% quando há elementos visuais que acompanham a fala do apresentador. A memorização é ainda maior quando são utilizados jogos que promovem a interação: os participantes lembram de 60% de toda a informação apresentada.
Ou seja, utilizando processos de gamificação, o aproveitamento da capacitação é muito melhor.
2. Estimular a participação
Para estimular a interação dos colaboradores e fazer com que eles tenham um papel ativo durante o treinamento, a gamificação utiliza recursos baseados em jogos e apresenta regras e metas bem definidas. Estes são elementos que tornam a capacitação mais atraente para o colaborador.
As pessoas se sentem mais envolvidas no processo quando encontram situações em que haja um objetivo claro para ser cumprido.
3. Promover o engajamento dos colaboradores
Promover treinamentos interessantes é uma maneira de fidelizar os colaboradores da empresa. Além de um bom salário e de benefícios, trabalhadores buscam também um ambiente de trabalho que incentive o crescimento profissional.
Por isso, metodologias que tornem a capacitação atraente e produtiva são bem-vistas entre os funcionários da empresa.
Um treinamento para melhorar estratégias de vendas, por exemplo, traz uma grande quantidade de informações relevantes. Se este conteúdo é todo apresentado com recursos de Power Point, a absorção do conhecimento não vai ser tão efetiva.
O colaborador é melhor capacitado com a aplicação de técnicas de gamificação como apoio: equipes buscando prêmios, simuladores de cases reais pontuados e vivência em papéis baseados em cenários de jogos.
Gamificação no mundo
No mundo, a gamificação vem sendo aplicada pelas empresas em diferentes contextos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a gamificação já é uma realidade adotada por grandes empresas como McDonald’s, Lego e Coca Cola.
Boa parte das empresas americanas vêm utilizando a gamificação como forma de aprimorar processos internos e também para difundir processos de educação. É o caso do Duolingo, uma plataforma criada por um professor da Carnegie MellonUniversity que promove o ensino de línguas por meio da metodologia dos games e se tornou um verdadeiro sucesso com mais de 60 milhões de usuários.
Outro case interessante é o da Woot.com, um site de varejo que disponibiliza diariamente um único produto, com preço promocional e estoque limitado, estimulando a competição dos clientes pela aquisição do produto.
Na Europa, a gamificação vem sendo utilizada pelo mundo corporativo como forma de engajamento do cliente ou ferramenta de marketing. É o caso do banco holandês Rabobank que, para realizar o engajamento de clientes, criou um modelo baseado em jogo para promover a troca de dados e documentos no setor de hipoteca.
As empresas brasileiras e o uso de games na aprendizagem de colaboradores
No Brasil, a gamificação já é um recurso muito explorado pelas grandes empresas e ainda pode expandir muito. O estudo da gamificação surgiu no país por meio de empresas e profissionais especializados após o ano 2000 (como a i9Ação) e passou a ser assunto de cursos específicos nos últimos anos.
Há uma grande disposição, principalmente das áreas relacionadas à tecnologia, de inserir a metodologia da gamificação em processos internos e no desenvolvimento de produtos. Empresas como Totvs, Algar Tech e SAP já demonstram interesse em desenvolver projetos nessa área.
Então vemos o início do movimento de empresas brasileiras utilizando a metodologia de gamificação para integrar e engajar colaboradores internos. Outras já descobriram o potencial da metodologia para acelerar o processo de equipes em busca de um desafio, ou mesmo para fazer com que aprendam um conteúdo complexo de forma muito mais rápida.
Case no Brasil: desenvolvendo lideranças
Para atender a demanda específica de um cliente no desenvolvimento de Lideranças, a i9Ação criou um Storytelling inspirado na busca do autodesenvolvimento e no oriente. Para você ter uma ideia, assista esse vídeo que demonstra o Storytelling de um treinamento gamificado na Disal.
Em resumo, como você assistiu no vídeo introdutório do game da Disal, a trama envolve um grupo de líderes convocados para uma jornada rumo ao Himalaia, com a missão de encontrar o Grande Mestre que compartilharia a sabedoria sobre liderança.
Esta solução de gamificação A Viagem – Ascenção no Himalaia é composta por 3 games interconectados:
- 1 º Módulo: digital e individual, onde os jogadores são convidados a viajar até a cidade de Katmandu, aos pés do Himalaia, onde se encontrarão com outros líderes para buscar o Grande Mestre. No caminho até lá é preciso reunir recursos e talentos necessários para a expedição, além de manter sua equipe engajada e motivada;
- 2 º Módulo: apresenta um game presencial de 8 horas, os participantes se deparam com um tabuleiro gigante, mostrando montanhas e caminhos a serem explorados, e são convidados a vencer o desafio apresentado no vídeo de introdução;
- 3 º Módulo: com um jogo empresarial digital, é apresentada uma metáfora da escalada da montanha para criar uma rede de compartilhamento de melhores práticas de liderança, na qual é possível postar vídeos e qualificar diferentes soluções para os desafios de liderança exigidos na rotina da empresa.
Este é um exemplo de uso de Storytelling em projetos de gamificação, e uma prova de que é possível tratar de temas sérios e estratégicos com leveza e bom-humor.
Dicas e critérios para o sucesso do seu Storytelling
Esse tema do case de sucesso foi o escolhido porque reúne algumas características interessantes que funcionam como dicas para qualquer estratégia de gamificação que quiser desenvolver:
- É inspirador: a jornada do autoconhecimento e para a auto superação tem ressonância em todas as pessoas;
- É familiar: muitos filmes e livros já exploraram este ambiente, facilitando o mergulho dos jogadores neste universo;
- É desafiador: uma grande aventura no verdadeiro estilo Indiana Jones é ao mesmo tempo difícil e empolgante;
- É mágico : a introdução em um ambiente mágico no qual habitam andarilhos, mestres e outros seres permite que os jogadores acessem sua criatividade e ativem mais seu cérebro límbico, abrindo espaço para elementos-surpresa e insights.
Como fazer a transição de um treinamento tradicional para a gamification?
No modelo de treinamento convencional, você já deve ter visto funcionários morrendo de sono durante uma apresentação, não é?
A gamificação, diferentemente dos processos tradicionais, permite que os participantes sejam parte de uma realidade traçada pela empresa por meio de todos os recursos possíveis da metodologia.
Seja em ações digitais ou físicas, a participação, a criatividade, as competências e a cooperação dos colaboradores são colocadas à prova, gerando mais sinergia e aproximação entre o conteúdo entregue e o participante.
É sim bem diferente do modelo de treinamento tradicional!
Para fazer a transição de antigos processos para iniciar o uso de gamificação, é preciso conhecer o contexto da empresa, definir as regras da ação e ajustar o cenário para implementação do jogo.
Por essa razão, a arquitetura de um novo game corporativo deve começar por um processo de criação conjunta, estabelecendo uma história ou contexto no qual o participante – colaborador ou cliente – se sinta envolvido.
O participante deve ser estimulado também com feedbacks e premiações para que essa transição seja feita da melhor maneira possível.
7 passos na transição de antigos processos para a gamificação
Criar um game corporativo exige atenção: afinal de contas, o propósito é formar algo inspirador e prático, capaz de atrair a atenção do participante e, ao mesmo tempo, gerar os resultados necessários para a empresa.
Por isso, existem alguns passos fundamentais para construir um jogo empresarial bem-sucedido. Vamos manter alguns pontos em mente:
- a investigação, definindo o que deve ser atacado;
- é preciso investir em criatividade, equilibrando as demandas e características a serem trabalhadas com uma narrativa (o Storytelling) atrativa;
- execução, que deve se pautar em praticidade e visão analítica, para ajustar e tirar o máximo da solução!
Abaixo, separamos 7 passos para transição de antigos processos até chegar a um modelo de gamificação adequado e relevante para sua empresa.
1. Identifique requisitos de sucesso
O que será considerado sucesso ao final da transição? Participação, resultados de negócio mensuráveis, pontuação? É fundamental definir o fator de sucesso para avaliar se a implantação está dando certo e rendendo resultados positivos.
2. Alinhe as necessidades de negócio com os colaboradores
Esteja certo de que a gamificação está realmente movendo os colaboradores na direção certa, ou seja, até as necessidades da empresa. Não use a gamificação como muleta para passar um conteúdo que não tem sentido para a empresa e muito menos para o colaborador.
3. Crie uma história
Como vimos, histórias motivam e envolvem as pessoas. Somente após criado um contexto apropriado – explicando o motivo do ganho de pontos, quem precisa ser salvo, por que está procurando um tesouro – é que a gamificação ganha sentido e servirá para o propósito estabelecido.
4. Use a ciência
Para aumentar o aprendizado, existem dois mecanismos por trás da gamificação: recordação e prática da memória. A primeira, usa o poder de intervalo entre eventos e ajuda os colaboradores a acessarem informações e dados memorizados durante longos períodos, já que esse espaço de tempo acaba promovendo o processamento do conteúdo aprendido de maneira mais profunda.
Já a memória, requer que a pessoa se lembre de uma informação, sem ler ou ouvir de novo. Um quiz, por exemplo, pode incentivar que os colaboradores se lembrem de um determinado conteúdo aprendido.
5. Aposte no simples
Ninguém gosta de jogar quando se impõe centenas de regras do que fazer ou não. Por isso, mantenha as regras simples e deixe a complexidade de lado.
Uma dica é criar tutoriais fáceis que expliquem como o jogo funciona. Você não quer que a gamificação seja sobre a experiência de quem sabe melhor as regras, mas sobre aprender o conteúdo.
6. Faça testes
Antes de lançar o programa para toda a empresa, que tal fazer um “teste beta” com um pequeno grupo? Nesse momento, provavelmente sua equipe apontará diversas falhas e encontrará atalhos que você jamais imaginaria. Por isso, use o feedback para aperfeiçoar o programa antes de lançá-lo oficialmente.
7. Monitore o progresso da aprendizagem
As plataformas de gamificação trazem uma vantagem, já que geralmente permitem que o gestor tenha acesso à todas as etapas do processo e ao desempenho individual. Se sua empresa apostou em uma solução tecnológica para ajudar na implementação da gamificação, aproveite os dashboards para buscar jogadores que evoluem muito rápido ou devagar demais e pergunte o motivo.
Não desperdice a capacidade que essas plataformas têm de armazenar, gerar e fornecer informações relevantes em tempo real. Caso seu jogo seja offline, a dica é a mesma: observe o que se difere do padrão e descubra o motivo.
Como avaliar os resultados de jogos para aprendizagem na sua empresa?
Para medir e comprovar os resultados através da gamificação é necessário ter clareza quanto aos objetivos da empresa. Com os objetivos em mãos e as estratégias na plataforma do jogo, é hora de funcionar! Comece analisando alguns pontos como:
Jornada
A missão estabelecida pelo game é comovente e desafiadora? Todo jogo conta com uma narrativa própria que envolve o jogador e o deixa motivado para entrar em ação.
Avalie se, na metodologia, a jornada do jogador está bem trabalhada se há um desafio, e uma história envolvente.
Quanto mais complexas e difíceis forem as regras, menos chances de envolvimento dos participantes existirá. Portanto, avalie nessa jornada como estão as regras e se são factíveis na prática.
Feedback
Você se lembra daquelas moedinhas e estrelinhas que pulavam na tela do videogame? Pois é, com certeza elas faziam você se manter muito mais conectado e com muito mais engajamento do que o próprio monstro do final da jogada. Por isso, é importante considerar essas premiações como o feedback aos participantes, seja ele de forma direta ou indireta.
O Feedback é uma estratégia importante para as empresas que oferecem gamificação, portanto, verifique se o feedback está programado de forma constante para os participantes. É uma forma de medir se o público também está interagindo, e sendo motivado.
Gamificação x Learning Games: qual a diferença no treinamento e desenvolvimento de pessoas
Muitas vezes, aqui no Brasil, damos o nome de Gamificação ou de Learning Games independente da solução. Mas existe diferença, você sabia? Sim, learning games têm o começo, o meio e o fim de um processo, enquanto a Gamificação é utilização da metodologia apenas para uma parte do processo.
Nós da i9Ação, por exemplo, desenvolvemos learning games, mas também utilizamos a gamificação dentro desse processo.
Fazemos muitos learning games para:
- Tornar mais eficientes e divertidos os processos de produção
- Tornar toda a trilha de contratação mais dinâmica
- Proporcionar treinamentos para o desenvolvimento de competências
- entre muitas outras soluções mais complexas
Estas metodologias podem ser utilizadas de forma isolada, mas muitas vezes se somam. Dessa maneira, é preciso entender bem os recursos para explorá-los da melhor maneira possível dentro de uma empresa para treinar, engajar e integrar pessoas.
Se você ainda não sabe a diferença entre os termos, continue a leitura:
Entenda o que são learning games
Learning game é quando você utiliza os jogos e todos os princípios da gamificação de uma maneira pedagógica e lúdica. O seu objetivo é que o aluno aprenda o conteúdo necessário de uma maneira eficiente e divertida.
Ao utilizar gamificação ou learning games, o objetivo é conectar uma série de informações de um processo com o propósito de oferecer a melhor experiência possível para a pessoa. Tudo de uma forma bonita, eficaz e inteligente. Além, claro, de acelerar o aprendizado e gerar memória de longo prazo.
Por isso, os jogos focados no aprendizado para empresas estão sendo cada vez mais procurados. Afinal, as organizações precisam de inovação e eficiência de treinamento e desenvolvimento de pessoas.
É uma solução que dá ao gestor de hoje a oportunidade de unir produtividade a um ensino eficiente (muito conteúdo em pouco tempo) e divertido. Ou seja, o grande desafio dos tempos atuais tem solução!
Deve ser por isso que (de acordo com a True Office — Digital Games Revolutionizing Workplace Learning), em 2015, 5,6 bilhões de empresas já utilizavam a gamificação nos seus processos. Já, em 2019, a estimativa é de 18 bilhões. É um aumento muito grande, você concorda?
Conheça alguns exemplos desenvolvidos pela i9Ação:
Learning Games:
Gamificação:
- 2Gether – SIPAT DIGITAL
- 2Gether – para aproximar os colaboradores em Home Office
- Aplicativo da Jornada Paulista de Radiologia
Como a i9Ação faz os jogos corporativos na prática?
Aqui na i9Ação acreditamos que estimular a criatividade e a fantasia é uma excelente forma de gerar engajamento espontâneo. Trabalhamos com técnicas modernas, como Design Thinking e User Experience sempre pensando no que realmente importa: a experiência e o retorno tangível e emocional que um jogo deve oferecer.
Então, aplique isso já em sua rotina e torne sua empresa em um ambiente muito mais inspirador e produtivo! Se ainda tem dúvidas sobre a gamificação, agende uma consultoria aqui!
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