Guia para quebrar barreiras no Compliance: como experiências lúdicas engajam e transformam o comportamento

resistência ao compliance

Por Fernando Seacero, CEO da i9Ação

No mundo corporativo, cumprir regras e seguir políticas são pilares para garantir segurança, reputação e transparência. Mas, para muitas empresas, resistências ao Compliance ainda são uma realidade. Seja por ceticismo, desmotivação, sobrecarga de trabalho ou pouca conexão emocional, as barreiras culturais dificultam a adoção das melhores práticas.

Este é o 8º artigo da Série “Gamificação, Psicologia e Ética: A Nova Fronteira e vamos abordar nele como experiências lúdicas e gamificadas podem destravar essas resistências e transformar o Compliance em algo natural no dia a dia, alinhando-se a esforços de segurança (EHS) e outros programas organizacionais.


Por que resistimos ao Compliance?
  1. Visão de falhas e punições
    Quando a empresa enfatiza apenas os “pontos fracos” e as possíveis punições, cria-se uma sensação de vigilância que gera resistência. Ao mesmo tempo, os colaboradores não sentem que seu “lado bom” — seus superpoderes, como chamamos em alguns métodos de liderança — esteja sendo valorizado.
  2. Falta de relevância emocional
    Sem um sentido pessoal ou coletivo, as regras soam burocráticas. Se a pessoa não enxerga como aquela norma melhora efetivamente seu trabalho ou o ambiente, tende a ignorar.
  3. Sobrecarga e rotina
    Em cenários de alta demanda, falar em compliance ou segurança pode parecer “mais uma tarefa” sem ganho tangível. Assim, colabora-se pouco — ou nem se colabora.

Gamificação: focando em ptencialidades, não em falhas

A gamificação propõe desafios épicos que aproveitam os talentos individuais — ou “superpoderes” — de cada colaborador. Em vez de insistir no que não funciona (“pontos fracos”), cria cenários em que cada um pode contribuir com suas melhores habilidades e, ao mesmo tempo, aprender normas de compliance e segurança.

Exemplos de Aplicação

  • Missão de equipe: O time recebe um desafio que une regras de compliance (p. ex., proteção de dados, conduta ética) e questões de EHS (uso de EPIs, cuidado com o outro) em um único enredo. Os pontos fortes de cada membro são relevantes: quem é mais criativo pode propor soluções, quem é mais metódico ajuda a seguir padrões etc.
  • Personagens arquetípicos: Em jogos inspirados na liderança, colaboradores podem assumir “avatares” com superpoderes específicos, como “Arqueiros” (conectores da rede), “Guardiões do Portal” (filtros de informação) ou “Sentinelas” (observadores). Esses papéis trazem orgulho e valor ao que cada pessoa faz de melhor, criando engajamento e motivação.

Feedback imediato e recompensas: reconhecendo superpoderes

Por que feedback contínuo é tão poderoso?

  • Ativa o sistema límbico do cérebro: Receber um elogio ou “subir de nível” no jogo libera hormônios como endorfina e ocitocina, gerando satisfação e sensação de pertencimento.
  • Mostra progresso: Em vez de enfatizar falhas, destaca conquistas. Assim, os colaboradores sentem que suas ações contribuem para a construção de uma cultura melhor.

Recompensas digitais ou simbólicas

  • Badges virtuais para quem aplica corretamente as normas de segurança e compliance em desafios simulados.
  • Rankings de times que mostram quem mais colabora com inovações ou sugere melhorias aos processos.
  • Troféus e eventos de celebração ao final de cada “temporada”, reforçando que não se trata de apontar erros, mas de unir forças para proteger valores e pessoas.

Conexão com cultura de Segurança (EHS)

A mesma lógica que quebra resistências no compliance também fortalece a segurança. Quando o colaborador vê regras como algo que protege sua saúde, seu ambiente e suas relações, tende a acolher essas normas. Ao colocar compliance e EHS lado a lado em uma plataforma gamificada, a empresa:

  • Unifica discursos: ética e segurança não são obrigações chatas, mas parte de um propósito que valoriza a vida e a integridade.
  • Evita duplicidade: Em vez de treinamentos separados e repetitivos, o colaborador vive experiências integradas, gerando maior retenção de conteúdo e engajamento.

De resistência a engajamento: como as pessoas se sentem realizadas

Quando se valoriza as potencialidades de cada colaborador, reconhecendo que ele pode ser protagonista e não simples receptor de ordens, as políticas de compliance ganham aderência. As pessoas querem seguir as regras e:

  1. Se sentem valorizadas — seus “superpoderes” são reconhecidos.
  2. Entendem o sentido das normas — veem como elas beneficiam o grupo e a si mesmas.
  3. Vivenciam a prática em um ambiente lúdico — errar na simulação não gera punição, mas aprendizado e feedback.

Exemplo prático: o jogo do combate às fraudes + segurança operacional

Imagine um game corporativo para uma rede de lojas ou indústria:

  1. Objetivo: Garantir a segurança total do local (EHS) e zero fraudes (Compliance).
  2. Narrativa: Cada colaborador é um “herói” com poder específico, como “Arqueiro” (observa detalhes do ambiente) ou “Guardião” (verifica documentos e processos).
  3. Feedback imediato: A cada decisão acertada, o participante ganha pontos, desbloqueia dicas ou recebe badges. Se houver erro, vê as possíveis consequências no cenário virtual, aprendendo sem prejuízo real.
  4. Recompensas: A cada fase vencida, o time desbloqueia itens ou recebe reconhecimento no mural digital. Ao final, quem mais colaborou para a segurança geral (EHS + Compliance) ganha destaque em um “Hall da Fama” coletivo.

A mágica acontece quando os colaboradores sentem que suas habilidades (superpoderes) importam e que seguir as regras é parte de um jogo transformador, não uma imposição aborrecida.


Vencer resistências construindo uma cultura de protagonismo

As resistências ao compliance — ou a qualquer mudança cultural — diminuem drasticamente quando valorizamos as pessoas pelo que têm de melhor, oferecemos feedback imediato e integramos esses conceitos com segurança, ética e bem-estar coletivo. É aí que as experiências lúdicas ganham força, conectando cabeça e coração dos colaboradores em torno de objetivos significativos.


Se você deseja quebrar barreiras e promover uma cultura de excelência, a i9Ação tem soluções gamificadas para unir Compliance, EHS e as potencialidades únicas de cada indivíduo. Vamos conversar e descobrir como mapear superpoderes, dar feedbacks assertivos e tornar as políticas corporativas uma jornada empolgante.

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Sobre o Blog

Embarque nesta história para conhecer mais o incrível universo da gamificação. Nosso blog vai trazer conteúdos e reflexões sobre a gameficação nas empresas e o poder que ela tem de engajar talentos e despertar potenciais. Queremos transformar a forma como nós enxergamos a educação de adultos e o desenvolvimento humano.

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