A partir da criação de uma semente de jogo no Game Jam da i9Ação, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina escolhe a gamificação como estratégia para ampliar resultados do Programa Teletrabalho. Leia o case publicado no jornal O Estado de S. Paulo
Muitas instituições judiciárias têm trabalhado em busca de soluções que elevem o padrão de qualidade em suas operações. Este é o caso do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), que descobriu, em uma vivência de gamificação, que seria possível ter um treinamento mais eficiente, capaz de motivar os servidores através da valorização da criatividade de cada um. Combinando pontos do dia a dia com técnicas de gamificação, o TJ-SC conseguiu uma boa alternativa para os desafios do seu Programa de Teletrabalho.
Com foco em produtividade e qualidade de vida, o principal objetivo do Tribunal era encontrar uma forma para tornar o treinamento do Teletrabalho mais simples, prático e eficiente. Nesse cenário, todo o processo de aprimoramento de tarefas e de fixação de conhecimento deveria orientar e motivar os servidores a aderirem ao sistema do programa, sem comprometer a produtividade das equipes. Na prática, a meta era aumentar em 20% a produção dos cadastrados, além de melhorar a qualidade de entrega do trabalho e de vida dos servidores.
A ideia de utilizar os jogos como ferramenta surgiu a partir do resultado de uma vivência de gamificação, em 2015, quando uma equipe multidisciplinar da instituição participou do Game Jam da I9Ação Treinamento e Desenvolvimento – empresa pioneira no desenvolvimento de jogos empresariais, gamificação estratégica e soluções interativas de aprendizagem na América Latina. A experiência foi durante o Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, o CONARH, daquele ano.
Uma semente, vários resultados
Pensada como uma ação de empoderamento criativo, o Game Jam da i9Ação tem como objetivo aproveitar assuntos comuns para criar (de maneira colaborativa) soluções práticas para os desafios reais da rotina de seus participantes. Foi com essa técnica que o TJ-SC criou sua primeira semente: ou seja, a ideia inicial, estabelecida ao longo de duas horas e meia de atividades, em que cada “jogador” tem um papel para elaboração do tema, co-construção do protótipo do jogo e, claro, para testar (e ajustar) o andamento de cada partida.
O game criado pelo TJ-SC teve como aliada a metodologia utilizada pela i9Ação, que aposta na inteligência coletiva como parte central para a estratégia de desenvolvimento das empresas. Segundo Xedes Ribeiro Freitas, analista administrativo do TJ-SC, foi esta vivência colaborativa que mostrou como a gamificação poderia ser a solução para a preparação dos servidores para o Programa do Teletrabalho. “Com o Game Jam, no CONARH, tivemos uma noção bem clara sobre como a criação de um treinamento gamificado poderia atender todas as nossas expectativas”, explica Freitas.
A estratégia em jogo
Em relação ao Tribunal de Justiça catarinense, a gamificação tornou o treinamento mais atrativo e, até mesmo durante o processo de criação houve uma integração interna muito importante, que resultou em um modelo mais aprazível para os servidores. Isso foi possível a partir da vivência, coordenada por Fernando Seacero, fundador da i9Ação, que levou os participantes para a prática, colocando a mão na massa, e desenvolvendo todas as etapas do processo para a criação da semente do game.
Para Seacero, sócio-fundador da desenvolvedora, a experiência do Game Jam utiliza como base a metodologia de Bioaprendizagem, que envolve as três partes do cérebro e que torna possível a aceleração de aprendizado e a memória de longo prazo. “Com esta proposta, o conhecimento adquirido fica na memória dos participantes, e eles conseguem colocá-lo em prática no dia a dia de trabalho. No caso do Game Jam, cada empresa pode criar jogos exclusivos e completamente ajustados às demandas internas”, explica Seacero.
Movimentando as peças: produtos e resultados
O TJ-SC criou, de forma customizada, um game capaz de retratar temáticas do cotidiano, valorizando a comunicação interna, visão sistêmica do processo e trabalho em equipe. Ao todo, 150 pessoas participarão da atividade, em treinamentos que, em média, reúnem 30 pessoas por vez. A ideia é que este processo de capacitação siga o mesmo padrão, levando de forma homogênea as informações e o suporte.
De acordo com Freitas, a opção pela gamificação para capacitar os servidores do TJ-SC foi a mais correta. “Foi uma experiência muito rica, com resultados positivos, que não teríamos conseguido sem a orientação da i9Ação”, conclui.
Leia a matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, na última quinta-feira (17).