Por Fernando Seacero, Fundador e CEO da i9Ação
Atualmente, um dos maiores desafios que as empresas enfrentam é garantir que todos os níveis organizacionais estejam alinhados com comportamentos éticos e práticas de compliance. Em um cenário de constante pressão por resultados, decisões e atitudes éticas são colocadas à prova diariamente.
Para que o compliance prevaleça, é necessário que esses comportamentos sejam incorporados à rotina, tornando-se parte da cultura empresarial.
No entanto, ainda hoje, muitos colaboradores enxergam o compliance como uma “polícia interna”, ou um assunto maçante, burocrático e distante do dia a dia. E, de certa forma, isso pode ser verdade, pois os formatos tradicionais de abordar o tema muitas vezes são densos e pouco envolventes. O desafio, então, é transformar essa percepção e criar um ambiente onde o compliance seja visto como um aliado no sucesso da empresa, e não como uma obrigação imposta.
Diante disso, tenho a certeza de que, quanto mais difícil for o assunto, mais interativa e engajadora deve ser a forma como ele é tratado.
Precisamos repensar a maneira de educar os colaboradores sobre temas críticos como compliance. Hoje, há diversas alternativas que podem ser exploradas para tornar essa aprendizagem mais dinâmica e efetiva.
- Podemos, por exemplo, utilizar jogos corporativos e plataformas gamificadas para aprendizagem, que simulem tomadas de decisão, nos quais os colaboradores avancem em fases e percebam sua evolução no entendimento do tema.
- A colaboração entre colegas pode ser estimulada por desafios mútuos, e até mesmo transformada em uma jornada em busca da restauração da ética dentro da organização.
- Essas metodologias não apenas educam, mas engajam, promovendo uma experiência que fala a mesma linguagem das redes sociais e do ambiente digital em que vivemos.
Um Olhar para o Passado: O Caso dos EUA
Esses desafios não são novos. Na década de 90, os Estados Unidos enfrentaram uma série de escândalos éticos nas empresas, que culminaram no famoso caso de contabilidade criativa da EMRON. Esse foi um ponto de inflexão que levou o governo americano a impor treinamentos obrigatórios de compliance para todas as empresas de médio e grande porte. Aquelas que não conseguissem provar que seus colaboradores haviam recebido esse treinamento estavam sujeitas a pesadas multas.
Esse movimento foi decisivo para o desenvolvimento das políticas de compliance que hoje conhecemos. No entanto, o desafio de alinhar colaboradores e cultura organizacional com práticas éticas continua sendo tão relevante quanto naquela época.
E, apesar de todas as mudanças tecnológicas e culturais, o compliance ainda depende essencialmente das pessoas.
O Futuro do Compliance: Um Desafio que Cresce
Estamos apenas começando a explorar as possibilidades de novas abordagens para o treinamento em compliance. O desafio de manter o compliance vivo dentro das empresas só tende a crescer. Cabe a nós, líderes, buscar soluções cada vez mais dinâmicas e interativas, que façam com que esse tema tão importante — que impacta diretamente a reputação, os resultados e, em alguns casos, até a sobrevivência de uma organização — seja absorvido de forma eficaz.
Digo isso porque vejo o quanto as soluções que desenvolvemos, ao longo da última década, para aprendizagem e engajamento, hoje, atende o compliance.
No final das contas, compliance é feito por pessoas. E é por meio da capacitação adequada dessas pessoas, utilizando ferramentas modernas e inovadoras, que poderemos construir um ambiente empresarial ético e sustentável para o futuro.
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