Porque os profissionais de Compliance querem mudar a forma como os funcionários das empresas o veem?
Muitas empresas buscam games e soluções inovadoras para treinamentos de Compliance e um dos principais objetivos é mudar o fato de ser visto como “polícia” ou “auditoria” dentro da empresa. Causar medo ou distanciamento não é o que a área precisa ou deseja, e oferecer uma experiência chata está bem longe do que realmente os profissionais de compliance pedem ao entrar em contato com a i9Ação.
Além de ter o objetivo de gerar aprendizagem nos colaboradores sobre integridade e ética, proporcionar mudança de comportamento e cumprir com as especificidades obrigatórias por lei, o Compliance dentro das empresas tem o potencial de ser uma área integradora, que agrega valor às pessoas e até as motiva a participar de forma engajada de um treinamento.
Essa foi uma das abordagens do evento Compliance Game Experience, realizado em abril de 2024 pela i9Ação, empresa fundada em 2001, pioneira de jogos empresariais digitais e presenciais, gamificação estratégica e soluções interativas de aprendizagem na América Latina.
“O desenvolvimento de jogos de compliance, ética e integridade passou a ser uma das prioridades porque muitas empresas começaram a nos a pedir muito por isso, principalmente, a partir de 2019. E percebemos que o que estávamos apresentando fazia muito sentido para esse público. Temos orgulho de conseguir trazer essas soluções para ampliar muito o impacto do compliance dentro das empresas”,
contextualiza Fernando Seacero, neuropsicólogo, especialista em gamificação para aprendizagem corporativa e fundador da i9Ação.
Esta, que foi a 3ª edição do evento, trouxe como convidado o analista sênior de Compliance Gabriel Buracoski, que atua dentro de uma líder global do segmento de dados para análise de risco. Segundo o convidado, na apresentação de seu caso de sucesso, o maior desafio da área no geral é a aderência das pessoas em entenderem o papel real de compliance.
Recursos de jogos permitem aprender melhor, mais rápido e com mais facilidade
A busca por inovação nos treinamentos de compliance encontrou nos jogos corporativos uma solução pelo fato de que é possível estimular as três áreas do cérebro, ajudando cada colaborador a “convencer” o seu sistema nervoso central a identificar que o conteúdo que está sendo passado no treinamento é importante.
Essa é a base da metodologia para aprendizagem de adultos chamada Bioaprendizagem, desenvolvida por Seacero, com o objetivo de ajudar os colaboradores a lembrarem o conteúdo da “sala de aula” depois de sair do treinamento.
“No início de minha carreira notei o quanto era desgastante para profissionais de treinamento e desenvolvimento de pessoas constatarem que, ao saírem pela porta da sala, nada do que havia sido apresentado ficou retido pela memória dos participantes. Isso realmente pode acontecer porque o adulto aprende apenas o que ele quer, e a forma de ensiná-lo precisa engajá-lo em primeiro lugar”, explica Seacero.
Portanto, o especialista identificou os jogos como uma ferramenta que pode ser desenvolvida para estimular as três áreas do cérebro:
“Quando estimulamos todas essas áreas, o nosso cérebro identifica, isso daqui é importante e eu vou guardar isso numa caixinha de memória de longo prazo. E aí a pessoa consegue lembrar e aplicar no dia a dia”.
Estimular as 3 partes do meu cérebro em um jogo corporativo
O sistema reptiliano pode ser estimulado com diferentes tipos de ranking, pontos, objetivos, deixando o participante agir e interagir no momento que está aprendendo em vez de ficar de forma passiva assistindo uma aula ou um vídeo.
Já o sistema límbico, que é o emocional, é o social, é estimulado pela conexão gerada entre as pessoas que estão jogando. Por exemplo, pela função de poder convidar um colega para participar do jogo também, ter um ranking coletivo e por equipes para consultar, além das cores e da música do jogo.
Por fim, o neocórtex, que é a parte do conteúdo, pode receber as informações aos poucos, intercaladas com experiências de tomadas de decisão. Ao invés de inserir um monte de conteúdo e perguntar depois, é possível criar um ambiente para que o participante possa absorver calmamente e realmente consiga aprender.
“Logo, ao estimular o emocional junto com a ação, reunido com conteúdo bem estruturado, é possível obter um impacto grande na aprendizagem”, afirma.
5 dicas de Gabriel Buracoski para colher bons feedbacks e firmar boas parcerias com o treinamento de compliance
“Fazendo o planejamento, você consegue garantir o maior êxito possível no seu evento, na sua gamificação, na implementação do seu jogo”, o planejamento é a base de tudo e a principal dica de Gabriel Buracoski.
Além de prever algumas situações que podem ocorrer, pensar em vários tipos de público, em acessibilidade, em inclusão, o convidado destacou outras 5 dicas, confira:
- Conhecer o público que queremos engajar é fundamental para pedir que ele dedique um tempo para ouvir o que temos de conhecimento para passar
- Tentar ao máximo ser parceiro das áreas para enfrentar a dificuldade de engajar o público com o compliance
- Não fazer o compliance por trás do teclado, temos que ligar para a pessoa, tentar entender, perguntar e buscar mais interação pessoal
- Falar de forma mais leve torna as pessoas mais abertas e receptivas para ouvirem, periodicamente, sobre política anticorrupção, código de ética e conduta, entre outros temas do compliance
- Mais do que engajar, é preciso que as pessoas retenham o conhecimento de compliance e, por isso, pensamos em uma solução gamificada e pensamos na i9Ação
Veja o depoimento do convidado do evento, Gabriel Buracoski, sobre a experiência de gamificar com a i9Ação:
“O principal desafio foi interno, além de muitas demandas internas que estavam acontecendo em paralelo, tínhamos que fazer esse evento. Foi quando conhecemos a i9Ação e essa solução era muito boa, porque já encontramos perguntas pré-feitas. Não precisava pensar em várias perguntas, era muito mais a revisão, saber o que se aplicava para a nossa empresa e o que não se aplicava.
Quando a gente lançou o jogo, foi muito interessante. Os feedbacks que recebemos ao longo da Compliance Week e também depois. O público jogou, interagiu, o pessoal veio falar comigo depois, parabenizando”
Gabriel Buracoski é analista sênior de Compliance de uma líder global do segmento de dados para análise de risco
Nos próximos dias, vamos lançar mais detalhes sobre a cobertura completa do evento. Acompanhe nosso blog e nossos e-mails! Caso queira saber mais, fale com o time da i9Ação.
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